quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Doce Veneno do Escorpião ~*


[...] Escrevo, e apago todas palavras que surgem na minha mente como um borrão. Estou perdido em uma vasta linha, e já não sei que caminho devo seguir. Abra seu  coração, e encontre uma saída é o que costumo ouvir, mas tudo o que enxergo é o mesmo que vejo quando estou com olhos fechados. Está tudo tão nublado, e eu simplesmente não queria sentir exatamente nada, não queria pensar em mais nada, mas não estou no controle novamente. Não me deixaram com um roteiro a ser seguido, e eu simplesmente continuo entorpecido. Eu queria ter asas e poder voar para bem longe daqui.
Gostaria de desativar o circuito que insiste em me fazer criar esperanças que fazem meu coração disparar quando menos espero. Auto controle não é a palavra chave quando está em jogo as questões do meu coração.
Quero seguir uma nova linha, mas estou tão perdido e confuso, e uma neblina de culpa que me envolve, sinto-me abraçado por ela. Fecho aquela porta branca atras de mim, e já não me sinto em casa, não é o meu lar, não é o que me acolhe mais, existe um vazio, um eco imenso. Destruir as lembranças era meu plano A, mas em busca de alivio encontrei algo pior, meus olhos estavam secos, mas de repente me sinto apunhalado e meus olhos marejados, e sinto o inicio de uma alma lavada, mas não é o suficiente.
Minhas feridas nem ao menos cicatrizaram e já sinto o sal caindo sobre elas, e arde como chamas. Eu não devia ter confiando? Eu não devia ter acreditado? Eu não devia ter me permitido? Não devia ter me apaixonado? Ótimo ouvir aquilo que não sou capaz de mudar, o que não sou capaz de realizar, eu não posso ser quem não sou, mas o meu melhor não é o suficiente. Eu quero estar bem, eu preciso estar bem, eu necessito estar bem, mas é apenas um ciclo vicioso de mentiras que estou acostumado a dizer, ligando o automático?
Eu sinto falta, eu sinto medo, eu sinto saudades, eu me sinto culpado.
O mundo gira, e eu sinto como se experimentasse do meu próprio veneno do escorpião, a lei do retorno me nocauteia novamente, e eu não sei que caminho seguir para me redimir. Ser machucado é minha sentença de culpa? 
Não posso me envolver!... Seja forte!... Não diga as três palavras!... Não pule!... Não vire a direita!...
Escrevo, e apago todas palavras que surgem na minha mente como um borrão. E a unica luz que vejo no fim do túnel é que vai passar. a dor deve ser sentida, e eu preciso tirar uma lição, eu vou seguir em frente. Mesmo que meu coração diga para fazer o contrário, e estar em uma contramão, e tentar mudar o destino. [...]

Atenciosamente,
Lobo Solitário ~ Lion Heart
Fighter

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